Um exame de DNA confirmou que o homem que alegou ter encontrado um bebê numa sacola em uma equina do Sítio Histórico, em Olinda, e depois admitiu ter criado a história é o pai biológico da criança. O resultado também mostra que a então companheira dele é a mãe biológica do menino, que foi deixado pelo rapaz no Hospital Tricentenário, no Bairro Novo, no dia 2 de novembro. A confirmação de que os dois são realmente os pais do recém-nascido foi divulgada nesta segunda-feira (6) pela Polícia Civil e pelo Conselho Tutelar de Olinda. O bebê está numa casa de acolhimento. O homem relatou, inicialmente, ter encontrado um recém-nascido em uma sacola no Sítio Histórico de Olinda. Ele também disse que levou o bebê até o Hospital do Tricentenário para ser socorrido. Imagens mostram ele passando na rua com a sacola. O homem deu entrevista para a imprensa no dia 3 de novembro dizendo ser ambulante e que esperava que o bebê fosse para uma pessoa de bom coração. Na ocasião, ele pediu para não ter o rosto mostrado em fotos ou vídeos. A Polícia Civil intimou ele a prestar depoimento como pessoa que encontrou o menino. Ao chegar na delegacia, ele confessou que inventou a história de ter localizado o bebê numa sacola e afirmou ser o pai da criança. A mãe do menino também prestou depoimento à polícia. Os dois estiveram também no Conselho Tutelar. O bebê teve alta 14 dias depois e foi levado a uma casa de acolhimento. De acordo com a coordenadora geral dos conselhos tutelares de Olinda, Cláudia Moura, a Justiça é quem deve decidir qual será o destino do bebê. "O exame de DNA foi positivo para os pais, mas a criança continua acolhida. Com o resultado do exame, o processo seguirá com as escutas de familiares, para depois sair a decisão judicial. Depende da Justiça dizer com quem ele irá ficar", afirmou a coordenadora do Conselho Tutelar. A advogada que representa a mãe da criança disse que a mulher, que tem 30 anos, não tinha intenção de abandonar o filho e que ela tinha interesse em ficar com a criança. Segundo Cláudia Moura, a família paterna também demonstrou interesse em obter a guarda do menino. Antes da descoberta da paternidade da criança, um casal se apresentou no Conselho Tutelar dizendo que tinha parentesco com o bebê. Os pais biológicos disseram não conhecer os dois. "Acredito que eles tiveram desejo de ficar com a criança e foram até lá achando que o Conselho Tutelar daria a criança a eles, e não é assim", afirmou Cláudia Moura. G1 PE.