MP-AL denuncia por homicídio pai e madrasta de menina de 5 anos morta por espancamento

Promotor pede condenação por 4 qualificadoras, entre elas motivo torpe e emprego de meio cruel. Allexia Sophia foi espancada em casa, em São Miguel dos Campos, e morreu dias depois no HGE.

Publicada em 02/08/2022 às 11:14h - 0 visualizações

O pai e a madrasta da menina Allexia Sophia, de 5 anos, morta por espancamento, foram denunciados pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL) pelo crime de homicídio quadruplamente qualificado. Segundo as investigações, a criança sofria castigos físicos porque fazia xixi na cama. A denúncia foi ajuizada no domingo (31), mas a informação só foi divulgada nesta terça-feira (2).

Na petição, o promotor de Justiça Arlen Silva Brito pede a condenação de Alex Sandro Honório da Silva e Cícera Maria dos Santos e lista as qualificadoras do homicídio: motivo torpe, emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da ofendida e por ter sido um homicídio contra pessoa menor de 14 anos.

A criança morava com o pai e a madrasta em São Miguel dos Campos. Na noite de 16 de julho, ela foi socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade com graves lesões. Os médicos desconfiaram das agressões e chamaram a Polícia Militar, que prendeu o casal em flagrante. Eles negam o crime.

O promotor cita que “os acusados, pai e madrasta, em concurso de agentes, com vontade livre, consciente, e assumindo o risco do resultado, mediante múltiplas ações contundentes exercidas em desfavor da vítima, Allexia Sophia da Silva, deram causa à sua morte”.

Para oferecer a denúncia por homicídio com quatro qualificadoras, o Ministério Público também levou em consideração o laudo pericial realizado.

Para o promotor, não restam dúvidas de que as agressões eram praticadas por ambos os denunciados, sobretudo, quando a vítima “se urinava e defecava na própria roupa ou na cama”, conforme até admitiu a madrasta Cícera Maria dos Santos. O filho dela, de sete anos, que também residia na mesma casa, sofria os mesmos castigos.

“Queremos que o Poder Judiciário receba a denúncia ajuizada pelo MP e que os dois réus sejam devidamente julgados, sendo condenados nas sanções previstas em lei”, disse o promotor Arlen Silva Brito.

g1 AL.

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