A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE-AL) informou nesta sexta-feira (21) que vai recorrer da decisão judicial que indeferiu o pedido de liminar para retomar o concurso público da Polícia Civil (PC-AL). A decisão de manter o cancelamento foi divulgado na quinta-feira (20) por decisão do juiz Alberto Jorge Correia de Barros, da 17ª Vara Cível da capital. O magistrado, em sua decisão, ressaltou que "não se descartou a possibilidade de existirem outras pessoas envolvidas na articulação criminosa, tudo isso para não mencionar a fortíssima probabilidade de vazamentos da informações obtidas delituosamente, mesmo porque trata-se, também, de obtenção indevida de gabaritos para venda ou cessão". Para a Defensoria Pública, a aplicação de novas provas, sem que seja finalizada as investigações, trariam novos problemas. “Não se discute a existência de fraude. A questão é se ela pode ser delimitada. Se sim, a lei do concurso manda que elimine os fraudadores e siga o certame com os aprovados por mérito. Por ora, as investigações apontam que, para alguns cargos, elas podem ser delimitadas sim, fato que retira a necessidade de anulação das etapas. E, se repetir as etapas antes do final das investigações, corre-se grande risco de ter que anulá-las também. É transformar 1 problema em 2 problemas. O que está ruim pode ficar pior e isso não foi considerado na decisão”, disse o defensor público Ricardo Melro. A prova do concurso da Polícia Civil foi aplicada em agosto de 2021 e teve mais de 43 mil inscritos. Em outubro, o certame foi cancelado após a confirmação de fraudes descobertas na Operação Loki, que resultou na prisão de 12 pessoas nos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Sergipe. g1 AL.