O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou, na manhã desta terça-feira (19), o levantamento de aglomerados subnormais em todo o país, que são favelas e outras formas de ocupação irregular de áreas públicas ou privadas. Em Alagoas, são 64,5 mil moradias nestas condições, sendo 55,1 mil somente em Maceió.
Segundo a pesquisa, o estado tem uma população estimada em 3.337.357 habitantes e 966.293 domicílios ocupados. Destes, 6,68% estão em situação subnormal, são 64.568 ao todo. Quando observada a proporção de Maceió, esse índice sobe para 17,32% dos 318.364 domicílios ocupados.
Na comparação com os outros estados, Alagoas aparece em sexto lugar na região Nordeste. Bahia é o estado que aparece no topo do ranking com maior número de favelas (10,62%), seguida de Pernambuco (10,55%), Ceará (9,20%), Maranhão (7,58%) e Sergipe (7,37%).
São pessoas que enfrentam condições precárias socioeconômicas, de saneamento e de moradias.
?Antecipamos a divulgação desses dados para mostrar qual é a situação dos aglomerados subnormais em municípios e estados, já que nessas localidades a população tem maior suscetibilidade ao contágio pela doença provocada pelo novo coronavírus, devido à grande densidade habitacional?, disse o gerente de Regionalização e Classificação Territorial do IBGE, Maikon Novaes.
Ainda segundo a pesquisa do IBGE, o Brasil tem mais de cinco milhões de domicílios em favelas, grotas, palafitas, mocambo, entre outros aglomerados. E desses, quase quase dois terços (64,93%) ficam a menos de dois quilômetros de distância de hospitais.
Essa informação chama atenção dos pesquisadores. Para eles, o problema não seria o acesso à saúde e sim à qualidade no atendimento.
?A grande maioria dos aglomerados subnormais está próxima de unidades de saúde. Ou seja, o problema não é distância das unidades de saúde, mas, talvez, a falta de estrutura nessas unidades. Não sabemos detalhes dessas estruturas?, observou o coordenador de Geografia e Meio Ambiente do instituto, Cláudio Stenner.
G1 ALAGOAS.
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